Morte: sempre inesperada. dolorida

A morte e a noite andam juntas...de mãos dadas. Não há acontecimento mais notívago do que a morte. É nessa faixa do dia que a morte parece que anda sempre à espreita dos humanos, e de qualquer outro ser vivo. E foi justamente no único dia em que a noite tem o mesmo simbolismo do dia, ou seja, da luz, do renascimento, da nova vida, que a morte alcançou de maneira covarde um jovem, que pela torpeza da vida, morreu na lâmina de uma faca. Na noite do reveillòn, a faca de um covarde, que certamente não teria condições de tirar uma gota de sangue de ninguém com as próprias mãos, ceifou a vida de um jovem de 22 anos, e um sorriso e bom humor contagiantes. A noite se escureceu mais ainda. Essa coruja, que no verão voou em direção ao sol no litoral catarinense, não sabia desse triste fato até a noite de ontem, quando saí à caça de algo que me alimentasse. Só achei tristeza, lágrimas, revolta...
Outra morte aconteceu, segundo se imagina, à luz do dia..mas que luz do dia resiste à morte? Tudo se enebria e fica escuro...assim como aconteceu com minha amiga, que com seus 52 anos de luta, energia e fibra, viu seu coração parar. O motor da máquina de alegria, entusiasmo e planos parou. Mas seu astral, não se foi. Essa coruja acredita piamente que os humanos, quando querem, tem a capacidade de deixar um rastro de luz sobre esse chão que às vezes é inóspito demais.
Adriano, teu sorriso, teu olhar, teu humor marcaram definitivamente a vida de quem conviveu, mesmo que por breves momentos, com você.
Elaine, a minha torcida era tanta pra que você fosse em busca de sua felicidade...infelizmente, não deu tempo. Mas sei que do teu modo, tinhas uma vida alegre.


Essa humilde coruja que lhes escreve está triste...saudosa.

A noite está chegando...

Com ela o escuro, o silêncio, a aflição e os pensamentos...e também as postagens do blog Coruja Bageense. Aqui, na calada da noite, os fatos ganharão a luz...incoerente? Não. Por que é à noite, quando eu estou em ação, é que as coisas acontecem. Aguardem.